Se você está planejando visitar Paris não deve deixar de colocar no seu roteiro uma ida ao Palácio de Versailles. Foi um dos momentos mais marcantes da minha viagem. Vou te contar como foi o meu dia e compartilhar algumas dicas pra que seu passeio seja muito agradável e sem contratempos.
Do Hotel Elysee Gare de Lyon, onde estávamos hospedados, fomos de bicicleta (veja como alugar uma bike em Paris) por um trajeto de menos de 10 minutos, atravessando o rio Sena, até a estação Gare d’Austerlitz para pegar o RER. Pra planejar os trajetos de metrô e trem usamos um aplicativo chamado RATP.
Na estação paramos numa lojinha, compramos vinho e queijo pra tomar sentados no jardim do palácio. Dica de um amigo experiente!
Compramos a passagem por 1,85 euro usando o Navigo (Em breve vou escrever sobre esse sistema de compra de passagens). O trem demorou uns 20min e o tempo de viagem é em torno de 45 minutos, sendo um trecho na superfície, com direito a paradas em estações bem charmosas.
Praticamente todo mundo que estava no trem desceu junto com a gente na estação Versailles Rive Gauche. Turistas de todos os lugares do mundo e obviamente alguns brasileiros também (“a gente” costuma chamar bastante atenção, né? rsrs)
A distância da estação até o palácio é de 1km, uma gostosa caminhada de pouco mais de 10 minutos, junto com a manada (e olha que fomos em Setembro, fora da alta temporada) Quanto mais perto, mais gente aparecia vindo de todos os lados. Tudo de forma tranquila e sem muvuca, já que a largura da avenida é gigantesca. E a entrada é deslumbrante!!
Pra conhecer o palácio é necessário pagar, exceto o jardim que é possível visitar gratuitamente. Pra entrar, passamos por uma bilheteria. É possível comprar com antecedência no site www.chateausversailles.fr. Só é permitido levar bebida pro jardim, então deixamos nossas coisas num guarda-volume próximo à bilheteria.
Na entrada, eles oferecem áudio guias. Parece um telefone, que você aproxima do ouvido e ouve as explicações de cada recinto, ou obra, de acordo com a sua numeração. E tem opção para ouvir em português de Portugal.
A visitação começa numa galeria onde é contada a história da sua construção, através de documentos, quadros, maquetes e vídeos. É possível ver as imagens e vídeos em 3D no site www.versailles3d.fr
Os ambientes mais impressionantes são a Galeria dos espelhos e a Galeria das batalhas.
Dentro do Palácio tem cafeterias e restaurantes. Entrei, mas não me atrevi a sentar quando vi os precinhos!
Tem também lojinhas com lembrancinhas e livros à venda, uma perdição!! Dá vontade de passar o rodo e levar tudo. Comprei umas coisas como lápis com cristal na ponta, marca páginas, caneta e um livro (que era mais caro, mas não resisti!) Visite a lojinha on line: www.store-chateauversailles.com
Do lado de fora são os jardins. Como não pesquisei muito sobre o passeio antes de ir, eu sabia pouco a respeito dos jardins e o que fazer por lá, o que foi um grande erro!
Curiosidade: Minha expectativa era que o jardim fosse todo gramado, mas na verdade, é quase todo de chão batido com alguns desenhos feitos de grama, que são simplesmente maravilhosos.
Outra curiosidade: Não tem lugar pra sentar. Não é uma praça cheia de bancos, como a gente imagina quando vê a foto.
Existe um trenzinho, que custa em torno de 7,50 euros. Eu achei que fosse só um passeio por todo jardim e, acabei fazendo uma economia de dinheiro e tempo (fila bem grande) e ficando nos trechos mais próximos do Palácio. Me arrependi demais!
Depois descobri que esse trenzinho leva até os trianons, um percurso de 15 minutos pra chegar aos domínios de Maria Antonieta. Fiquei arrasada quando soube o que perdi!! Por esse, e outros motivos, PRECISO voltar em Versailles e fazer o passei completo. Meta pra algum dia, num futuro próximo.
Outro erro foi ter planejado dois passeio diferentes pro mesmo dia: Versailles de dia e à noite no Sena (vou escrever outro artigo sobre o tour de bateaux no rio) e ter ido com o tempo cronometrado. Acho que no planejamento da viagem, acabei subestimando Versailles… Mesmo assim foi possível aproveitar intensamente aquele lugar maravilhoso!!
Pegamos nossas coisas no guarda-volumes, descemos a escada de 100 degraus, atravessamos a rua e fomos pro lago. Momento inesquecível!
Mais uma curiosidade: Desde o momento que fomos pro jardim, ouvíamos sons abafados, vindo dos arredores do lago. Trovões, tiros? Foi aí que lembrei da história da construção do Palácio: lá era um pavilhão de caça, construído por Luís XIII. Fiquei intrigada em saber que a caça ainda é uma prática vigente na região.
Fomos embora por outro caminho, levemente bêbados. Quero dizer, um pouco mais felizes que o normal. Típico de quem não está acostumado a tomar uma garrafa de vinho francês avistando um palácio!!
Paramos pra comer no Mc Donalds em frente à estação de trem. O pedido do lanche é todo automatizado, você escolhe numa máquina, paga e depois pega no balcão.
Pegamos uma fila enorme na estação pra comprar o bilhete de volta. O trem voltou cheio, com uns italianos rindo e conversando muito alto, mas eu estava tão cansada que dormi até chegar na estação Austerlitz.
De lá uma nova aventura, em 1h fomos de bike até o hotel, nos trocamos e corremos (de verdade!) pro Sena, pro nosso próximo passeio. Mas aí é outra história.
Você já fez ou pretende fazer esse passeio? Me conta o que achou ou quais são as suas expectativas. Vou amar saber sua história também.
Ps: Algumas informações importantes sobre o Palácio de Versailles:
- Não abre às segundas
- Na alta temporada o Palácio funciona das 9 às 18:30h e o jardim das 7 às 20:30h
- Na baixa temporada Palácio das 9 às 17:30h e o jardim das 8 às 18h