Mais do que dias chatos.

Por mais que eu tenha consciência do quanto a expectativa é nociva pra realidade, voltei de viagem cheia dela.

Expectativa de contar sobre o que vivi, expectativa de viver uma realidade diferente, aumentada. Expectativa de mudança na minha visão de mundo.
Tantão de expectativa.
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O dia seguinte após a volta, foi do jeito que eu gosto. Cheio de atividades, compromissos, novos planos. Na quarta, segundo dia depois. fiz a tal da cirurgia que já estava agendada, que foi um pouco menos simples do que achei que seria. Saí do hospital no mesmo dia, mas com as pernas e quadril dormentes por causa da anestesia e com pedido médico de repouso por 20 dias… Bodiei na hora. Já estava contando que voltaria logo pras minhas atividades físicas, pilates e toda a vida agitada que eu gosto bastante. De lá pra cá, ainda não saí de casa. Estou agitando meu trabalho do escritório em casa, pela internet, telefone… Não que eu não possa sair, mas é um indício do meu baixo astral…
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Aquela expectativa de mudança de visão do mundo, já era… Fui rapidamente engolida pela realidade.
Hoje de manhã fiz um evento em homenagem às consultoras estrelas da minha unidade e das unidades descendentes. Foi ótimo, mas foi no salão do meu prédio, acabou o evento, voltei pro apto, troquei de roupa, me deitei e fiquei olhando pra cima.

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Foi aí que começou a melhor parte da minha semana inteira. Meu marido deitou do meu lado e começamos a conversar. Sobre tudo isso… Sobre expectativa e tudo mais.
Normalmente eu falo mais, mas hoje ele estava bem falante, cheio de opiniões, ideias. Sim, alguma coisa mudou! Foi uma ótima conversa, boa o suficiente para me fazer levantar e querer fazer as coisas. Em meia hora de conversa as ideias voltaram a borbulhar no meu caldeirãozinho.
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Quando nos casamos, fizemos um curso de noivos excelente, e que depois tivemos a oportunidade de ministrar para outros casais. Ele fala sobre expectativa, comunicação, conflitos, finanças. Uma das coisas que mais gosto desse curso é o conceito da comunicação no casamento. Existem 5 níveis de comunicação e se você tiver curiosidade de saber mais, recomendo a leitura do livro Antes de dizer sim – Jaime Kemp. Vale a pena ler mesmo que você já esteja casado há muitos anos ou ainda esteja namorando. Mas eu vou resumir aqui:
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  • nível 5 – conversa superficial
  • 4 – relato dos fatos
  • 3 – verbalização de ideias e julgamentos
  • 2- verbalização de sentimentos e emoções
  • 1 – Revelação de necessidades pessoais e emocionais. -> É quando você tem coragem não só de dizer o que sente, mas de dizer o que precisa, por exemplo: me sinto perdida, preciso que me abrace por alguns minutos.
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Não existe relacionamento que permaneça num só nível por todo o tempo. É normal transitar, mas o ideal é uma comunicação entre o 3º e 1º nível, onde a gente fala de ideias, de pensamentos, emoções e necessidades sem o medo de ser julgado ou criticado. Ser compreendido é um dos sentimentos mais confortantes que existe, mas eu acredito que um relacionamento de compreensão é algo que a gente conquista, muitas vezes à base de conflitos que com o tempo, amor e paciência, vão sendo lapidados.
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Ele deitou do meu lado e conversamos sobre expectativa, realidade, perspectivas, sonhos, objetivos. E, como já disse, no final eu estava de novo com a mente acesa.
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Comecei a pensar no sentido da vida (quem nunca?). Mas não como quem pergunta, mas como quem responde,  para si mesma. O sentido da minha vida.
Eu imagino, e acredito, que o caminho para o sentido da vida, tem muito a ver com o conhecimento de quem somos. Quanto mais a gente conhece nossas características, mais fácil é entender o mundo.
Acho importante a ajuda de alguém que te ama, que te entende ou algum profissional de psicologia ou coaching pra trilhar esse caminho de descoberta. Alguém que te faça refletir sobre seus talentos, suas habilidades, seus dons. Porque eles tem grande responsabilidade em te tornar um ser único.
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Começamos falando sobre o trabalho dele. Adoro ouvir as histórias, parecem episódios da antiga série Os Aspones. Depois foi sobre mim, estávamos tentando descobrir o que me faz ficar aborrecida. Porque alguns dias são ruins e outros são bons? Porque alguns dias eu estou vibrando e outros não? A gente tem que vibrar todo dia? Mas também, porque não? O que faz sentido pra mim? Foi, realmente, uma conversa nível 1.
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Amo meu trabalho, minha vida, amo a Deus e tudo que Ele faz por mim. Mas alguns dias são chatos e  de vez em quando ele se repete muito numa mesma semana e até mesmo no mês. E quando isso acontece sinto uma espécie de desperdício, sinto que a vida é mais que vários dias chatos.  Falamos sobre meus dons e talentos e como é um dia perfeito pra mim. Quanto mais eu desenhava esse dia, mais eu percebia que ele é possível. Já existiu tantas vezes e pode ser recriado, mas são necessários ajustes. Passamos a falar sobre os ajustes, o que precisa mudar? Como podemos fazer isso?
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Descobri que um dia perfeito pra mim é um dia ativo, agenda cheia, contato com pessoas, mas com momentos reservados, como um belo café da manhã depois de uma atividade física.
Ou como hoje, um dia que eu vou me lembrar pra sempre.
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 *Originalmente escrito em 27 de Setembro de 2015

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