[Paris] Os passos de Amelie Poulain

Ano passado realizei um grande sonho.  Passar pelos lugares do meu filme preferido:  O fabuloso destino de Amelie Poulain.

Desde que assisti pela primeira vez, me apaixonei completamente. Pela música, pela mensagem otimista, pelas locações do filme. Tudo! E decidi que um dia eu iria conhecer todos aqueles lugares. E esse dia finalmente chegou. E eu vou compartilhar aqui, timtim por timtim. 😉

Chegamos em Paris no Domingo, super cansados ->Já tem um post aqui contando toda a aventura da chegada. Na segunda fizemos o passeio de Bus  (vou fazer outro post só sobre esse passeio). Começamos e terminamos na Igreja de Notre Dame, que é um dos primeiros locais mostrados no filme, onde a mãe da Amelie morre (não é spoiler. Ela morre no começo do filme. :-P)

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De lá fomos andando até a Pont des Arts  (Também tem post sobre ela). E na sequência, fomos pra MontMartre de metrô. Andamos até a estação Louvre-Rivoli e, como meu marido fez a gentileza de perder nosso guia com mapa, fizemos a “cagadinha” de descer na estação barbès-Rochechouart, ao invés de descer em Abbesses, estação que a Amelie costumava aparecer no filme.

Essa mudança de rota, foi boa e ruim ao mesmo tempo. Ruim porque meu pé estava doendo muito, mas muito mesmo. Eu estava mancando e com dificuldade pra andar e o caminho foi mais longo.  Na França tem muito assalto à turista e tive um pouco de medo na saída dessa estação, que não era tão turística. Por lá nem tirei foto.

Entramos numa loja de departamento,  bem popular chamada Tati, pra comprar chinelo. Tudo que eu queria na minha vida, era achar uma deliciosa Havaianas (sonho meu…). Subimos e descemos os andares e não achamos nada, nem parecido. Bora continuar mancando.

Mais pra frente, entramos numa lojinha bem mequetrefe que tinha chinelo ( diferente do que eu queria, era meio plataforma e machucava o dedo. No dia seguinte além do pé doendo, ganhei um corte entre os dedos por causa dele). O mais interessante nessa lojinha foi que, mesmo conversando com o vendedor em inglês, ele nos agradeceu em português. Fiquei muito surpresa! Faço questão de deixar aqui o link pra lojinha: Roch Bazar (não compre chinelo lá. Só passa pra dizer oi, mesmo… rsrs)
Viramos uma rua, depois outra e, de repente, um supermercado Dia, igual ao que tem no Brasil. Depois fui pesquisar e descobri que a rede está em 6 países, dentre eles, a França. Viramos outra rua, Rue de Steinkerque, com comércio muito intenso, para turistas. Estávamos perto do nosso destino.

paris mont martre

Mais um quarteirão e… Sacré-Couer.

Sacré Couer Paris

Sacré Coeur Paris

 

E Bora subir as escadas!! Na metade da subida, uma paradinha pra deitar na grama, respirar, observar, vivenciar esse momento único.

Sacré-Coeur Paris

Sacré-Coeur Paris

 

Paradinha pra ver a vista deslumbrante, mais um cenário do filme.

Sacré-Coeur Paris Sacré-Coeur Paris

O que eu não esperava é que estivesse tãão cheio (besta eu, né, achar que estaria reservado só pra mim… :-P) Tava lo-ta-do! Tinha muita gente, música, ambulantes e até apresentação de um carinha batendo uma bolinha pendurado no post (sensacional! A Didi Wagner gravou entrevista com esse cara pro seu programa no Multishow)

Sacré-Coeur paris Sacré-Coeur Paris

 

Sentamos nessa escada, no meio da muvuca por alguns minutos e depois partimos ao grande destino: Deux Molins, o café que a Amelie trabalha no filme.

O caminho até lá foi uma mistura de agradável com muuuito ruim. Bom, porque era descida, mas foi pééeéessimo estar sem mapa, sem meu guia, sem as minhas anotações. Por duas vezes nos perdemos. Andamos uns 5 quarteirões pro lado errado. Sentei numa praça muito nervosa, meu marido pediu informações e enfim, achamos.

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Não tem como eu falar desse momento sem me emocionar, sem reviver tudo que senti.

Primeiro o estranhamento. Uma coisa é você conhecer um lugar por vídeo e foto. E outra coisa é estar lá. Conhecer a rua, a entrada, o espaço, o cheiro. É completamente diferente. O lugar estava ligeiramente diferente. O filme foi gravado em 2001, eu estava lá 13 anos depois.

Eu estava lá…

A primeira coisa estranha: Cadê a Amelie??? kkkkkkkkkkkk
A segunda: Estava tendo música ao vivo com uma dupla cantando em inglês. Clima de bar.

deux moulins montmarte paris

A terceira: Aquela lousa de vidro onde a Amelie escreve o cardápio não existe. Me senti meio perdida, sem saber onde sentar. Sentei perto dos músicos. Levantei. Sentei do outro lado. Levantei.

Enfim, o lugar que eu queria vagou e a minha alegria foi completa!

deux moulins montmartre paris amelie poulin

 

Não precisa dizer que solucei. Dizer que eu chorei seria pouco. Eu estava lá… Nessa hora passou a garçonete com uma cai-pi-ri-nha na bandeja. Tudo que eu precisavaaaa!!! Caipinha, vela, música, uma porção mega caprichada. Eu estava no bar da Amélie e ela nem estava lá pra me atender… rsrsrs

deux moulins

 

Olha o chinelo assassino e o pé com band-aid no canto dessa foto de cima. Nessa hora eu nem estava sentindo mais.

deux moulins montmartre paris

deux moulins montmartre paris

deux moulins montmartre paris

Simbora, né? Fomos andando até a estação Blanche, do lado do Moulin Rouge.
Pela foto dá pra ver que eu tava tonta de cansaço, de andar, de chorar (a caipirinha não conta. rsrsrs)
Moulin rouge montmartre paris

Na volta, metrô cheio, tinha um latino, sei lá de onde, cantando “Ai, se eu te pego” dentro do vagão. Lacrou a noite!! Me segurei pra não levantar e fazer a dancinha no meio de todo mundo. Tirei foto, mas foi economizar no post.

Dia seguinte. Pé quase na carne, passeio adiado. Só saímos do hotel na parte da tarde, depois das 16h.  Mas foi muito especial e inesquecível. Fomos de bike pro canal Saint Martin, onde a Amelie joga pedrinhas no rio. -> Post sobre como alugar uma bike em Paris.

amelie poulain canal-saint-martin (1)

Esse lugar de onde ela joga as pedras, não podia entrar. Mas eu estava feliz. Mais uma vez, coração pulando forte. Eu estava lá… Canal Saint Martin.

Canal Saint Martin Paris

Canal Saint Martin Paris

 

Entramos num mercadinho bem perto, compramos salada pronta, queijo e vinho. Sentamos na escadinha da ponte. Muitos grupinhos ficavam sentados na margem do canal.

Um dos momentos mais marcantes da minha vida.

Pôr do sol,  conversando sobre nossa vida, sonhos, futuro. Os carros, as pessoas passando, seguindo suas vidas. E a gente vendo tudo de fora, de espectador, como quem não faz parte daquele mundo.

canal saint martin paris

 

No dia seguinte, pra encerrar meu circuito Amelie, antes de ir pro Louvre, uma passadinha na Photomaton.

Amelie Poulain

 

Ameile Poulain

 

Eu nunca vou esquecer nem um minuto desses dias…

Au revoir, Paris.

 

 

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